A análise crítica pela direção faz parte do requisito 9 – avaliação de desempenho – de todas as normas ISO de Sistemas de Gestão.
Assim, como parte da avaliação de desempenho, é considerada um dos elementos fundamentais do Sistema de Gestão.
Mas, o que é a análise crítica pela direção?
Podemos considerar a análise crítica como um processo onde a direção da organização, recebendo informações sobre o desempenho de todos os demais processos, analisa, avalia e toma decisões sobre o rumo do Sistema de Gestão.
Em outras palavras, a análise crítica é o momento de “prestação de contas”. A direção avalia se os objetivos pretendidos foram alcançados; se sim, avalia se eles devem ser mantidos ou alterados, se não, as causas do não atingimento e avaliação de sua pertinência.
Uma boa análise crítica demonstra o comprometimento da direção com o sistema.
Processo de análise crítica pela direção
Como já comentamos, a análise crítica é um processo, ou seja, possui entradas que são transformadas em saídas.
Assim, são entradas para a análise crítica todas as informações necessárias para análise e tomada de decisões.
As saídas destes processo são as decisões tomadas.
Sendo assim, quais são essas entradas?
Tanto a norma ISO 9001, como as 14001, 37001 e 45001, para ficar nas mais conhecidas, estabelecem entradas muito parecidas, obviamente no contexto de cada uma delas.
Vamos então reproduzir aqui o que estas normas estabelecem como entradas para a análise crítica.
Entradas para a análise crítica pela direção ISO 9001
“A análise crítica pela direção deve ser planejada e realizada levando em consideração:
a) a situação de ações provenientes de análises críticas anteriores pela direção;
b) mudanças em questões externas e internas que sejam pertinentes para o sistema de gestão
da qualidade;
c) informação sobre o desempenho e a eficácia do sistema de gestão da qualidade, incluindo tendências relativas a:
1) satisfação do cliente e retroalimentação de partes interessadas pertinentes;
2) extensão na qual os objetivos da qualidade foram alcançados;
3) desempenho de processo e conformidade de produtos e serviços;
4) não conformidades e ações corretivas;
5) resultados de monitoramento e medição;
6) resultados de auditoria;
7) desempenho de provedores externos;
d) a suficiência de recursos;
e) a eficácia de ações tomadas para abordar riscos e oportunidades (ver 6.1);
f) oportunidades para melhoria.”
Outras normas ISO para Sistemas de Gestão
Para as demais normas, como por exemplo a 14001, a 37001 e 45001, para ficar nas mais conhecidas, também estabelecem entradas para a análise crítica.
De forma geral, elas abrangem os mesmos temas, considerando seus contextos.
Assim, é fundamental entender que a análise crítica pela direção tem por objetivo levar ao conhecimento dos gestores os resultados alcançados pelo sistema de gestão e que eles possam tomar as melhores decisões para que o SG se torne parte da cultura empresarial.
Saídas da análise crítica
Como um processo, a análise crítica deve ter suas saídas.
Lembrando que, um processo é uma transformação de entradas em saídas, a análise crítica transforma as informações recebidas pela direção (entradas) em decisões que podem alterar o sistema (saídas).
Daí a importância de uma análise bem realizada, honesta. Nenhum auditor de certificadora procura resultados positivos; mesmo quando as coisas não vão bem, o importante é a tomada de decisões que ao menos tentem corrigir rumos.
Informação documentada a ser retida
O processo de análise crítica pela direção deve ser documentado.
Assim, toda análise executada deve ser registrada, podendo ser numa ata de reunião para os mais conservadores, mas também uma gravação de uma videoconferência é um excelente registro.
A SGQ é líder em Consultoria ISO 9001 e outros Sistemas de Gestão.